Alunos e professores fizeram protesto nesta terça
(Foto: Fabio Teixeira/Folhapress)

Os professores da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) vão se reunir nesta quarta-feira (15) com o Ministério da Educação em Brasília. O encontro já estava agendado antes de ser anunciado o descredenciamento das duas instituições, nesta segunda (13). Os docentes, que ainda têm a esperança de reversão da medida, cobrarão respostas sobre o futuro dos docentes, funcionários e alunos.

Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (14), os professores decidiram se manter unidos e lutar pelo não fechamento das duas faculdades. “O MEC descredenciou as duas faculdades, mas não descredenciou a Galileo como grupo educacional. Queremos entender isso”, destacou Rose Figueiredo, diretora de comunicação da Associação Docente da Cidade.

São várias perguntas que afligem os professores. Além da incerteza quanto ao futuro de suas vidas e da trajetória acadêmica dos mais de 10 mil alunos, eles não sabem, por exemplo, se devem lançar as notas e concluir avaliações do segundo semestre de 2013. O encontro está marcado para as 14h desta quarta na sede do MEC em Brasília. A assessoria da pasta disse não poder confirmar se o ministro Aloizio Mercadante participará do encontro.

Intervenção judicial
Os professores aguardam manifestação do Ministério Público Federal (MPF) sobre um possível pedido para intervenção judicial. O objetivo é que o órgão recorra à Justiça na tentativa de anular a decisão do MEC de descredenciar as duas instituições de ensino.

A direção da Galileo informou que também irá recorrer à Justiça e ao Conselho Nacional de Educação contra a decisão do MEC. O grupo classificou como arbitrária e injusta a medida tomada pela pasta.

Federalização
Federalizar a Universidade Gama Filho e a UniverCidade. Esta é a proposta defendida pelos dirigentes de cinco instituições de ensino federal com sede no Rio de Janeiro durante reunião realizada na tarde desta terça-feira (14). Para eles, esta seria a melhor solução para que os mais de 10 mil alunos das duas instituições não deixem de concluir seus cursos.

Participaram do encontro os reitores  das universidade federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), da Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), além do diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ). Eles redigiram um pronunciamento se solidarizando com a condição dos alunos das duas instituições que tiveram o fechamento anunciado nessa pelo MEC.